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Philippe Coutinho Abre o placar mas o Vasco sofre virada... O time esta muito confiante no jogo de volta em São Januario

Foto do escritor: Robert OlivieraRobert Oliviera

Partida de volta da semifinal da Copa do Brasil acontece dia 19 de outubro em São Januário, onde o Vasco tem 74% de aproveitamento na temporada.

Em duelos deste tamanho, qualquer vantagem conquistada é digna de comemoração. E o Galo precisou usar todo o ambiente da sua Arena para virar o jogo contra o Vasco e lavar algum benefício para São Januário, onde acontece a partida de volta, em 19 de outubro, às 18h30. Poderia inclusive ter saído com um placar mais elástico, pois durante boa parte do jogo encurralou a equipe vascaína. Acontece que a partir de agora é diferente, pois o reencontro será "lá no Caldeirão", como sentenciou Philippe Coutinho após o jogo. Não foi como se o Vasco tivesse se encolhido de forma deliberada, como estratégia. Bem pelo contrário. Quando conseguia, fazia questão de jogar, e a equipe de Rafael Paiva já tem mecanismos suficientes para ser propositiva, não interessa o terreno (ou terreiro) em que se apresente. E foi justamente em um contragolpe enciclopédico que abriu o placar, com Vegetti fazendo as vezes de clássico ponta-esquerda para começar a jogada que seria concluída com a maestria de Philippe Coutinho, nervoso como se estivesse no pátio de casa. O mal-estar do Galo com o placar adverso não durou muito, pois uma equipe que dispõe de Hulk e Paulinho, um exército ofensivo de dois homens, não tende a se render ao desconforto. Quando a essa dupla se soma um Guilherme Arana em noite encantada, com um golaço de sonho e um cruzamento de almanaque, todas as reviravoltas são possíveis: como um turbilhão, os atleticanos viraram o jogo ainda no primeiro tempo. E não apenas Léo Pelé, mas o time inteiro do Vasco parecia petrificado.

Duelos deste tamanho são, sobretudo, uma questão de sobrevivência. E tanto Galo quanto Vasco sobreviveram, cada um à sua maneira e atentos às suas necessidades. O Galo usou todo o ambiente de sua nova casa, tremendo em cores e cantoria, para conseguir virar o jogo e suportar a corajosa pressão vascaína no fim do jogo, enquanto os cruz-maltinos sofreram a virada, mas saíram de Belo Horizonte tão vivos e esperançosos quanto chegaram. Talvez seja o primeiro mandamento do mata-mata: manter-se vivo até os últimos capítulos.

A expectativa otimista dos vascaínos desde ontem recai de forma pesada sobre a questão territorial, que a partir de agora é a principal fiadora das suas ambições: daqui a duas semanas, teremos o "fator São Januário", ainda mais exacerbado porque provavelmente estamos vivendo os últimos dias da casa cruz-maltina como a conhecemos. Não é apenas um aspecto subjetivo e emocional, ainda que a relação dos vascaínos com seu estádio seja coisa muito séria, pois os números estão aí para atestar: nas 17 vezes em que atuou em casa na temporada, o Vasco venceu 11, empatou cinco e perdeu apenas uma vez. Alcançou, assim, 74% de aproveitamento.  Ou seja, se o Vasco jogasse apenas em São Januário, seria campeão de todos os campeonatos, exalta-se neste momento algum vascaíno já veterano vestindo a camisa de 1988 autografada por Cocada. Talvez não fosse tudo isso, alguma taça talvez tivesse escapado, mas certamente é mais do que suficiente para seguir acreditando com todas as forças na virada contra o Galo.

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